segunda-feira, 27 de abril de 2009

Aula do dia 27-04-2009- Eutanásia

1. História. A questão da Eutanásia não é nova. Platão na "República" já a aborda e parece concordar com a mesma, nomeadamente como uma forma de eliminar pessoas com doenças incuráveis. Tomás Moro, também na "Utopia", propõe que os sacerdotes e os magistrados convençam estes doentes a morrerem. Francis Bacon que terá inventado o termo, defende-a também. Nietzsche em várias obras tem idênticas posições. A aceitação da morte pelo doente é encarado como uma forma de evitar encargos "inúteis" para a sociedade e as famílias. Este argumento económico continua a ser largamente referido para a tomada de medidas a favor da eutanásia.

2. Eugenia. A Eutanásia não pode ser confundida com a Eugenia. Neste último caso trata-se da morte prematura de um ser humano ainda em gestação ou depois do nascimento, tendo em vista eliminar seres considerados deficientes ou inferiores. Na Alemanha, ente 1937 e 1945, os nazis procederam à esterilização em massa de deficientes a fim de evitarem a sua reprodução, assim como à eliminação de seres humanos considerados inferiores (judeus, ciganos, etc). As práticas de eugenia eram muito frequentes na antiga Grécia e Roma, onde os país das crianças as matavam quando temiam que estas fossem deficientes ou as consideravam indesejáveis.

3. Novos Valores Morais. A evolução das sociedades humanas tem sido feita no sentido de preservar a vida humana, independentemente das condições do seu ser. Cada pessoa é única e tem a sua própria dignidade e como tal deve ser respeitada. Neste sentido, a partir do século XIX começou a ser proibido diversas práticas antes aceites ou toleradas, como o aborto, eutanásia e a eugenia.


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